terça-feira, 18 de novembro de 2008

POESIA - RECONSTRUÇÃO

Reacende a vela que havia apagado
para iluminar a claridade do sol.
Refazer os passos
desfeitos na trilha da perdição.
Recomeçar do ponto de partida
sem olhar para trás.
Reconstruir os moinhos
levados pala enxurrada de lagrimas
Recriar os filhos
para que não sofram as mesmas dores.
Reimprimir os diagnósticos
com a cura das doenças incuráveis.
Republicar as notícias
que trazem finais felizes.
Reproclamar a República
e banir os políticos corruptos.
Replantar o verde
abocanhado por homens inescrupulosos.
Reanimar a vontade de viver
pois tudo depende de você.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

POESIA - PESSOA

Este poema foi escrito em 1990.

Procuro quase sempre encontrar você
mesmo sem querer...
A vida é feita de muitos quereres, quase sempre!
Apesar de buscá-la, sem querer
quero tê-la por querer
dominar meus quereres.
Maculo a sílaba da palavra querer
porque não quero dizer
o que pretendo fazer com os quereres.
Restou-me a frase dita pelo o poeta

na primeira pessoa
que queria expor outros quereres.
E eu(até agora)nada fiz para revelar

o querer oculto.

domingo, 9 de novembro de 2008

POESIA - PROVÍNCIAS SENTIMENTAIS

Queria ser o mundo
Largo e profundo.
Para ser descoberto e devastado
Delineado em províncias sentimentais.
Onde os quintais
Fossem um só vão.
As caravelas ancorariam em mim
Os navegantes enterrariam seus tesouros no novo mundo
E tudo seria um só coração.
Sem preconceito:
O índio poderia amar a mulher branca
A mulher branca teria o direito de amar o homem negro
E o homem negro amaria sem receio da cor.
No novo mundo todos os homens se amariam
Independente do sexo, cor, religião e condição social.
Somente o amor terá força para reinventar o mundo.

domingo, 2 de novembro de 2008

MINEIRO-UNIVERSAL

Este poema escrevi no dia 17 de agosto do ano 1987, logo após assisti no “Jornal Nacional” a fatídica notícia do falecimento do maior poeta da língua português. Por ser hoje um dia dedicado a memória dos falecidos, postei esta singela homenagem, ao inesquesível poeta mineiro-universal.

POETA ABSOLUTO

In memorian
Carlos Drummond de Andrade

O poeta é filho das Maravilhas,
porque só fala do belo.
Vive em busca do bonito
para escrever o que tinha dito.

Carlos Drmmond,
Carlos de Minas Gerais,
aonde está meu jovem poeta
Que partiu pra nunca mais.

Sua vida, seus “Boitempos”
seus caminhos escritos à mão,
fazem com que os novos poetas
nunca falem de solidão.

A “Cadeira de Balanço”
que a vida lhe deu,
hoje você a perdeu,
mas deixou-nos a cultura
que entre um balanço e outro
nos escreveu.

Vida que nos dá a vida
para a gente viver,
vida porque Carlos Drummond teve
que deixar de viver?