sexta-feira, 27 de março de 2009

SOMOS TODOS PLANTAS CARNÍVORAS?

Que fim levaram as flores? Decididamente a humanidade deixou de ser flores. Transformou-se em planta carnívora. Vivemos em um mundo de desgraças continuas. Não faz muito tempo, a vida tinha outro sentido, era mais beneplácita quando podíamos enxergar flores no semelhante. Hoje novos tempos. Tempos de devoração humana. Não se respeita nada. Absolutamente nada, muito menos crianças e idosos. Matar ou morrer? Não é mais uma questão ética ou de desejo. Tanto faz como tanto fez. Sou do tempo em que bandido era bandido. Gente honesta era gente honesta. Cristão era temente a Deus. A alteração da ordem depende das circunstancias. Hoje não existe distinção. Todo mundo é bandido, todo mundo é honesto e todo mundo é temente a Deus. Como também todo ser humano é capaz de cometer a mais terrível barbárie que nossa imaginação possa formular. Por que nosso conceito de amor ao próximo está escorrendo pelos os esgotos de escórias? Não se tem, mas o direito de viver? Se mata por matar. Agride por agredir, aleija por aleijar. São as principais vítimas: crianças e idosos. Estas flores indefesas são presas facies para as plantas carnívoras.
Diariamente noticiários trazem manchetes estarrecedoras de atentado contra nossas crianças e nossos idosos. Os algozes se proliferam não é mais exceção de determinada condição lumpem. O que já foi inventivo, hoje é realidade. Todos nós carregamos intensa vontade dentro do nosso íntimo de cometer extirpações alheias. Dizem que o mundo está em fase de extinção, é a consequência da evolução humana. Dentro desta teoria pode-se afirmar que o homem está sendo aniquilado pelo o próprio homem.
Acredito piamente que não é o mundo que deixou de ser flores, e sim, as pessoas que preferem serem plantas carnívoras.

quarta-feira, 18 de março de 2009

ADÉLIA PRADO: MAESTRINA DIVINA

Nunca quis ser Amélia.
Quero ser Adélia:
sua sabedoria – sua beleza – sua poesia.
Adélia maestrina,
divina
tal qual Divinópolis
em verso e prosa.
Quero nascer Adélia
em campos gerais
para esculpir sentimentos
ser universal.

sexta-feira, 13 de março de 2009

POESIA - DE LÁ PRA CÁ


Lá está tudo sem lógica
razão dos descaminhos.
Não tem como enxergar o óbvio
é impossível pertencer alguém.
Somos todos sem donos
temos menos valor do que o nada
que sustenta o vazio absoluto.
Cá se fere os instintos
entremeia as desilusões
e o infortúnio bate a porta.

domingo, 8 de março de 2009

UMA MESA PARA CHÁ

Toda mulher (sem distinção de raça, cor, credo, condição social) deveria, carregar sempre no semblante a mesma felicidade estampada, que vejo todos os dias, no rosto das mulheres assíduas frequentadoras da Cavé. Elas desfilam maravilhosamente bem trajadas e sorriem sem rugas. Em seus rostos não se encontra tristeza. A beleza destas mulheres, nata da sociedade, se confunde com a tradicionalíssima e requintada casa de chá da capital fluminense. Tudo é magnífico naquele mundo particular.
Infelizmente, a realidade do contraste social não permite que todas as mulheres tenham o privilégio de frequentar a Cavé. Não que frequentar a referida casa de chá deva ser uma meta de vida. Mas, de coração, eu gostaria muitíssimo de vê, pelo menos hoje - DIA INTERNACIONAL DA MULHER, todas as mulheres felizes, tomando chá na Cavé.

sábado, 7 de março de 2009

A CONCEPÇÃO E A INFÂMIA DO SER

Seria inconcebível se fosse permitido que uma menina de nove anos de idade levasse adiante uma gestação de gêmeos. Gestação esta fruto de um estupro praticado pelo seu padrasto. É abominável que em pleno século XXI, um Bispo do Colegiado Católico Apostólico Romano excomungue: os médicos que fizeram à interrupção da nefasta gestação, e a genitora da inocente menina violentada. A desmedida atitude do prelado causou-me, como católico que sou, profundo repúdio. A Igreja Católica Apostólica Romana está ultrapassada. Se faz de urgência necessidade que ela reveja seus conceitos, seus dogmas, seus ritos litúrgicos, enfim tudo aquilo que ela persiste em ensinar como caminho de salvação, e que decididamente não corresponde com a nossa atual realidade. Com todo respeito que lhe é divido em razão de ser um quase octogenário, o Senhor Arcebispo de Olinda e Recife, errou. Errou em usar a sua autoridade eclesiástica, supostamente concedida por Deus, numa história tão desumana. Retrato a cores da degradação da nossa sociedade. Não se pode conceber vidas, já fadada a desgraça. Recuso-me a crer em um Deus que esteja conivente com a desgraça. Deus é amor! Se assim é, a concepção da vida tem que ser fruto de amor. Em caso de gravidez adquirida através de estupro, sou ferrenho defensor do aborto. Ou como se diz no latim romano: nihil obstat.

domingo, 1 de março de 2009

POESIA - CIDADE DO RIO DE JANEIRO: SEUS DONS SUAS MULTICORES

Assim caminha a Cidade Maravilhosa repleta de encantamento.
Seus quatrocentos e quarenta e quatro anos - primeiro de março - se traduz do belo ao encontro com o maravilhoso.
Nada se pode dizer ao contrario: és a mais estonteante entre todas.
Apesar da violência que lhe é imposta.
Do caos que insiste em perseguir.
Da polícia que atira em vidas inocentes.
Do medo constante.
Da desavergonhada administração pública.
Do poder paralelo.
Das chacinas que transfiguram.
Dos assaltos corriqueiros.
Nada se pode dizer ao conário: és a mais estonteante entre todas.
Nossa Cidade Maravilhosa, rainha imperativa soberana.
Nada macula seus dons, suas multicores.