domingo, 17 de abril de 2011

POESIA - DESMAGNETIZAÇÃO

### desmagnetização ### O amor está tão distante, mesmo você estando ao meu lado. Mesmo estando você nos meus braços, não está aqui o amor, e não faz questão de está. Fui até o fundo de si, e encontrei-me sozinho dentro de você. Onde estará você? Se nem dentro de você lhe encontrei? Há mares intransponíveis em seus olhos que não posso atravessar, por isso renunciarei ao amor, viverei sem amor, sem seu amor invisível.

terça-feira, 12 de abril de 2011

POESIA - OS LIVROS

### os livros ###

moro sozinho, aliás, moro com meus amigos, os livros. nunca estou só, vivo em companhia dos meus amigos, os livros. são muitos os meus amigos, eles estão por todas as partes da minha casa, os livros. sou bem orientado pelos os meus amigos, os livros. faço inúmeras viagens com os meus amigos, os livros. aprendo vários idiomas e vocábulos com meus amigos, os livros. conheço muitas pessoas que me foram apresentadas pelos os meus amigos, os livros. possuo vasto conhecimento através dos meus amigos, os livros. eu rio, choro e me emociono com meus amigos, os livros. eles são o meu bem querer maior, os livros.

sábado, 2 de abril de 2011

POESIA - VELEIDADE

VELEIDADE


O infinito

é dentro de mim.

Ele está de portas abertas,

assim como está o inferno

para desmistificar.

Pois, está escrito

no Livro de Jó 26,6

para decodificar as grafemas

e os teoremas.

O infinito

está diurnamente,

permanentemente

de corpo presente.

O infinito

e sua usual beligerância

alimenta-se

de que não sei

só sei, que o fado lhe a calma

e o sexo lhe aprisiona.

O infinito

com as suas afoitezas

e suas indizíveis belezas,

não degusta Perrier-Jouët

nem canapés.

O infinito

passa despercebido

tantas vezes lido,

outras tantas não compreendido.

O infinito

dele pouco se sabe,

há não ser que

a morte não o encontra,

e o tempo é seu aliado.