sábado, 2 de abril de 2011

POESIA - VELEIDADE

VELEIDADE


O infinito

é dentro de mim.

Ele está de portas abertas,

assim como está o inferno

para desmistificar.

Pois, está escrito

no Livro de Jó 26,6

para decodificar as grafemas

e os teoremas.

O infinito

está diurnamente,

permanentemente

de corpo presente.

O infinito

e sua usual beligerância

alimenta-se

de que não sei

só sei, que o fado lhe a calma

e o sexo lhe aprisiona.

O infinito

com as suas afoitezas

e suas indizíveis belezas,

não degusta Perrier-Jouët

nem canapés.

O infinito

passa despercebido

tantas vezes lido,

outras tantas não compreendido.

O infinito

dele pouco se sabe,

há não ser que

a morte não o encontra,

e o tempo é seu aliado.