VELEIDADE
O infinito
é dentro de mim.
Ele está de portas abertas,
assim como está o inferno
para desmistificar.
Pois, está escrito
no Livro de Jó 26,6
para decodificar as grafemas
e os teoremas.
O infinito
está diurnamente,
permanentemente
de corpo presente.
O infinito
e sua usual beligerância
alimenta-se
de que não sei
só sei, que o fado lhe a calma
e o sexo lhe aprisiona.
O infinito
com as suas afoitezas
e suas indizíveis belezas,
não degusta Perrier-Jouët
nem canapés.
O infinito
passa despercebido
tantas vezes lido,
outras tantas não compreendido.
O infinito
dele pouco se sabe,
há não ser que
a morte não o encontra,
e o tempo é seu aliado.