domingo, 12 de junho de 2016

"TRAGAM A TÚNICA NOVA"

Recebi a graça dos céus de ler os originais do primeiro capítulo do livro biográfico Tragam a túnica nova, de autoria do renomado Prof. Ataualpa Antônio Filho. E devo confessar, sem receio, que chorei ao ler algo tão verdadeiro, tão rico de evangelização, tão sublime de amor e tão humano, mas que transcende a compreensão humana por se tratar de oblação. Esta biografia que está por vir nascerá com duas primazias: a piore Tragam a túnica nova é escrita por um prolífico catedrático de literatura, que tem sua grandeza literária outorgada pela sua extraordinária poesia, suas estonteantes crônicas e uma corroborada formação teológica; não obstante, Tragam a túnica nova é uma biografia da vida e obra do Pe. Quinha, que foi de corpo e alma um puríssimo sacerdote e que agia in persona Christi na Diocese de Petrópolis. Uma verdade irrefutável desde já deve ser apregoada: o próprio Pe. Quinha, em vida, deu a incumbência ao Prof. Ataualpa Antônio Filho de escrever a referida biografia. É de domínio público que o amado e saudoso sacerdote e o pedagogo-escritor-biógrafo nutriam uma amizade recíproca. Ambos eram companheiros de missão na acolhida dos que viviam na sarjeta das drogas e na miserabilidade das ruas. E não há, repito: não há, neste mundo de meu Deus, uma fonte tão fidedigna como o Prof. Ataualpa Antônio Filho para dar testemunho escrito do amor perpetrado por Pe. Quinha em favor dos excluídos da sociedade. O magnífico título do livro, extraído da Parábola do Filho Pródigo (Cf. Lucas 15:11,32), foi escolhido pelo biografado. Padre Quinha fez do seu sacerdócio uma missão de pai acolhedor conforme o descrito na mencionada parábola. Nunca é de mais lembrar que a palavra padre, vem do latim patre, que significa pai. E como um pai zeloso, Pe. Quinha, após retirar do aprisco um "filho" espiritual, dava-lhe uma túnica nova (aqui a palavra túnica é uma metáfora para palavra vida. Portanto, túnica nova quer dizer vida nova). Após receberem a oportunidade de ter uma vida nova, muitos desses "filhos" foram reevangelizados e se tornaram cristãos autênticos. Tertuliano, através dos seus extraordinários escritos dentro da Teologia Trinitária, afirmou: "Os cristãos, como sabemos, não nascem cristãos, se fazem". Partindo do pressuposto desta visão, eu entendo que, para formar um cristão, é imprescindível que sejamos espelho de amor para aqueles que acolhemos. E amor pelo próximo, o Pe. Quinha tinha em demasia. No preâmbulo do primeiro capítulo de Tragam a túnica nova, há uma explícita manifestação da Mariologia que habitava no âmago do Pe. Quinha. A devoção dele por Nossa Senhora do Amor Divino era latente. Antes de proferir suas homilias profícuas de ensinamentos, Pe. Quinha conclamava os fiéis para que, juntos, rezassem uma Ave-Maria. Também era corriqueiro ouvir Pe. Quinha falar esta frase criada pelo seu coração Mariano: "Toda hora, todo dia de mãos dadas com Maria". Portanto, aqueles que conheceram Pe. Quinha iram se emocionar ao lerem Tragam a túnica nova. O filósofo estadunidense Ralph Waldo Emerson escreveu: "Na arte de escrever a mão nunca pode executar algo superior ao que o coração pode inspirar". Assim sendo, posso atestar que a obra é uma biografia escrita por inspiração do coração de um biógrafo que conheceu, vivenciou, testemunhou de maneira ocular e auditiva as maravilhas que o Pe. Quinha realizou na vida de muitos "filhos". E, ao mesmo tempo que fizerem aquisição do exemplar da biografia, não somente estarão comprando uma primorosa obra literária, como também contribuirão financeiramente com a Oficina de Jesus, fundada pelo Pe. Quinha, pois a renda arrecadada com a venda do livro será, na sua totalidade, destinada para Oficina de Jesus. Nós, que nascemos no seio da Igreja Católica Apostólica Romana, aprendemos desde muito cedo que: "Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!", enquanto vida teve, Pe. Quinha se doou sem restrição. (Todos direitos reservados deste texto a Antônio Menrod. Este material não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização)