domingo, 25 de julho de 2010

POESIA - POEIRA QUE SE DISSOLVE AO SOPRO

Na hora da partida
Almejo que eu esteja dormindo
De preferência sorrido para a morte
Que não se cansem de cantar “O amor”
Para que eu possa emergir
Do céu ou inferno dos meus pecados.

Na hora da partida
Quero contemplar o Verbo da vida
Porque a vida me foi concedida
E vivi a plenitude do fidei donum nítida.

Na hora da partida
Não deixarei de existi dentro dos olhos das letras
Reencontrarei quem escreveu antes de mim
Haverá o que não há para se despedi
Quando permanecerei no fundo de dentro de mim.

Na hora da partida
Quero mudar a sorte que me foi negada
Que seja ela sem infortúnios decorrentes do sal e açúcar
Tal qual a de Dácia, Júlia e outras tantas.

Na hora da partida
Senhoras minhas, senhores meus
Não esqueçam de lerem os meus direitos de cristão
Para que eu tome ciência das querelas canônicas
E não seja eu um fato consumado.

Na hora da partida
Não afugente os animais
Compartilhe com eles o que meu
Tenham por eles o amor que me foi manifestado
Para eles “pax et bonum”.

Na hora da partida
Em vez da dor de chorar
Tenha força para arregimentar
Segue em frente sempre a lutar
Pois há na frente um imenso sol a brilhar.

Na hora da partida
Verei que nunca sai deste lugar
Mesmo não estando aqui sempre estive presente neste lugar
Porque aqui é meu lugar
Amanhã ou qualquer dia voltarei a morar neste mesmo lugar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

POESIA - COPIOSA REDENÇÃO


Imagino que há de vim
adornos para os dias de festa.
Castiçais, cristais e tolhas de puro linho para o altar do Senhor
para celebramos as controvérsias sacramentais.
Seremos agraciados com bed and breakfast dos apóstolos
e renderemos louvores.
No porvir
que há de vim
seremos todos arrebatados para eternidade
que abarca a realidade vigente.
E a fé indefectível
salvaguardará a nossa redenção.