domingo, 2 de novembro de 2008

MINEIRO-UNIVERSAL

Este poema escrevi no dia 17 de agosto do ano 1987, logo após assisti no “Jornal Nacional” a fatídica notícia do falecimento do maior poeta da língua português. Por ser hoje um dia dedicado a memória dos falecidos, postei esta singela homenagem, ao inesquesível poeta mineiro-universal.

POETA ABSOLUTO

In memorian
Carlos Drummond de Andrade

O poeta é filho das Maravilhas,
porque só fala do belo.
Vive em busca do bonito
para escrever o que tinha dito.

Carlos Drmmond,
Carlos de Minas Gerais,
aonde está meu jovem poeta
Que partiu pra nunca mais.

Sua vida, seus “Boitempos”
seus caminhos escritos à mão,
fazem com que os novos poetas
nunca falem de solidão.

A “Cadeira de Balanço”
que a vida lhe deu,
hoje você a perdeu,
mas deixou-nos a cultura
que entre um balanço e outro
nos escreveu.

Vida que nos dá a vida
para a gente viver,
vida porque Carlos Drummond teve
que deixar de viver?