quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

PERSONAGENS DA VIDA REAL

Enquanto esperava, na ante-sala do consultório, a minha vez para ser atendido pela Drª. Miriam Gouveia, médica e amiga, que sempre me receita bons remédios e ótimos conselhos, não deixei de observar, uma senhora, que também aguardava sua vez de ser atendida, trajando uma espantosa indumentária, e com o cabelo pintado com uma coloração azul anil. Era uma senhora com presumíveis 60 anos, com uma cara matreira e se achando o centro das atenções, se levantava a todo instante para ir ao bebedouro. Não sou contra que as pessoas se vistam com alegria, e com aquilo que lhes façam bem, porém, acho um despropósito pessoas, com certa idade, vestirem roupas inadequadas para a idade que tem, do tipo: vestir modelitos para garotinhas de 16 anos. Foi assim que estava vestida a personagem em questão, com uma mini-saia, que dava até pra ver os pensamentos, e uma blusa com um decote de enorme profundidade. Se é que vocês me entendem! Notei que os demais presentes no recito, ficaram estapafúrdios, não só pela a incoerência da vestimenta, como também pelos trejeitos desfrutáveis da melindrosa senhora. Há tempo para tudo, para ser criança, para ser jovem e para ser uma pessoa amadurecida, e em todas as fases da vida, tem que ter atos compatíveis com real sentido da fase que estamos vivendo. Na dúvida, é melhor por as barbas de molho, ou então perguntarmos ao poeta da Vila Isabel, Noel Rosa -“Com que roupa que eu vou”?